FLAUTA DA AMIZADE

Jorge Linhaça
 
       Entre o povo da floresta do amor, existe uma lenda conhecida, de uma deusa de cabelos dourados que toca suaves acordes em uma flauta mágica.
       Conta a lenda que Jupiraí, a deusa, nasceu quando os raios do sol tocaram o lírio branco.
        Era uma época de guerras entre os clãs da floresta do amor, que ainda não tinha esse nome.
       Jupiraí cresceu rapidamente. Em semanas já era uma mulher feita e de uma taquara retirada das margens de um lago, criou uma flauta encantada capaz de acalmar os mais duros corações.
       Em meio a uma batalha entre os povos que habitavam a terra, Jupiraí apenas começou a tocar as suaves notas em sua flauta, e o clamor da batalha foi diminuindo, o ímpeto dos guerreiros se acalmou e as armas foram esquecidas.
       Todos se prostraram próximo à colina em que a deusa tocava sua flauta, os corações foram serenados, inimigos se abraçaram e deixaram que a magia da flauta abrandasse seu coração.
        Quando Jupiraí parou de tocar, os lideres dos clãs foram até ela e perguntaram que suave melodia era aquela que havia retirado as mágoas de seus corações...
        Jupiraí, a deusa dos cabelos dourados, disse aos chefes dos clãs que aquela melodia se chamava apenas " Amizade" e que sempre que os corações deles se endurecessem, deveriam deixar que essa música fosse tocada dentro de seus corações.
        Jupiraí subiu aos céus num raio de sol, deixando por herança a doce melodia da amizade impregnada nas almas de todos que a conheceram.
 
Aprendendo com Jupiraí
 
Palavrinhas novas:
 
O que são acordes?
O que é um clã?
O que é taquara?
O que é clamor ?
O que é ímpeto?
O que significa "se prostrar"?
O que é impregnada?
 
 
Entendendo o texto:
 
Que instrumento musical toca Jupiraí?
Como foi o nascimento de Jupiraí?
Em que época nasceu Jupiraí?
Como Jupiraí agiu em meio à guerra?
O que aconteceu então?
 
Aprendendo com o texto:
 
Qual a importância da amizade?
Como devemos nos comportar quando estivermos com raiva?
Você tem alguma música que te acalme?
A música influencia as pessoas ?
Existem musicas que estimulam brigas?
Pode dar um exemplo?
Existem músicas que acalmam?
Pode dar um exemplo?
Que outras emoções a música inspira?
 
 
A SEREIA E O GATINHO
Jorge Linhaça
 
                 Havia uma sereia que vivia triste na beira de um rio, entre as águas cristalinas e a cachoeira que formava um pequeno lago.
                  A sereiazinha era triste pois não tinha com quem conversar, além do peixinhos que viviam ali.
                  A sereiazinha queria conhecer coisas novas, saber sobre o que existia além de seu molhado mundo...
                  Um dia surgiu um gatinho chamado Ron-ron, que estava por ali procurando aventuras, Ron-ron gostava muito de comer peixes, e quando viu o grande rabo da sereia, achou que o banquete estava preparado para ele...
                    A sereia estava com o corpo embaixo d'água pois estava falando com seu amigo cascudinho, um peixinho que sempre passava por ali todas as tardes.
                   Ron-ron procurou uma caminho entre as pedras para poder chegar á sereia, ou melhor, ao rabo daquele peixe enorme que havia visto...saltando de pedra em pedra, lá foi nosso amigo até o seu prometido banquete...chegou perto e foi logo fincando as garras no rabo da sereiazinha...que deu um grito de susto e sacudiu Ron-ron dentro de lago...
                    Nosso amigo gato, que destesta nadar. não sabia se estava mais apavorado com a água fria ou com o ser estranho que tinha à sua frente, meio mulher, meio peixe...ficou tão surpreso que quase ia se afogando, não fosse a sereia ter ido em seu socorro.
                    A Sereia retirou Ron-ron da água e colocou-o sobre uma pedra grande, onde costumava descansar ao sol e pentear os seus lindos cabelos.
                    Ron-ron ainda não acreditava no que seus olhos viam, e tão logo consegui se recobrar, quis saber quem era aquela mulher engolida por um peixe...
                     A sereia riu muito das perguntas do gatinho, explicou que não tinha sido engulida por peixe nenhum, que ela era assim mesmo, pois tinha que cuidar das águas onde morava.
                      Ron-Ron e a sereia ficarm horas conversando sobre aquela pedra, ele contando de suas aventuras por este mundo afora, e ela a falar-lhe das coisas do fundo das águas, da magia existente nos rios, nos animais que ali moram, de como ultimamente estavam aparecendo coisas estranhas que sujavam o seu lar, trazidas pelas águas do rio de algum lugar distante.
                     Ron-ron reconheceu algumas das coisas, garrafas pet, sacos plásticos, latas, papeis, e outros tipos de lixo que alguém devia ter jogado no rio ou nas suas margens...
                     A sereia disse que aquilo destruia o lugar onde moravam, que peixinhos comiam algumas daquelas coisas e ficavam doentes e até morriam, outros ficavam presos dentro das tais latas e ela tinha de salva-los...perguntou para Ron-ron, por que esse tal de bicho-homem sujava as margens dos rios e as florestas com essas coisas.
                    O gatinho respondeu que o bicho homem é muito burro, que não entende que quando destrói a natureza destrói a si mesmo e o planeta onde vive, mas que havia ainda alguns homens que tentavam ensinar aos outros a não fazerem esse tipo de coisas.
                     Infelizmente o ser humano é muito egoísta e não pensa nas consequências de seus atos, por isso muitos nem ligavam para o que aqueles falavam.
                     Ron-ron e a sereia resolveram então fazer um acordo de amizade e se juntarem para tentar ensinar os homens a não sujarem mais os rios e as florestas.
                     E o que começou com uma pescaria de um gatinho guloso, tornou-se uma grande amizade de dois seres tão diferentes, mas unidos pelo mesmo ideal
 
 
A menina que sonhava estrelas
Jorge Linhaça
 
                 Conheci uma menina que sonhava estrelas, em cada sonho via novas estrelas surgindo à sua frente, dezenas, centenas de constelações.
                 Nem sempre a menina foi assim, antes sonhava como todo mundo, sonhava bonecas, sonhava video games, sonhava maquiagens, sonhava brincadeiras...
                 Mas, uma noite, Celestina ( esse era o nome da menina) perdeu o sono.
                 Resolveu ir até a janela do quarto e abrir as cortinas...
                 - NOSSA! Exclamou Celestina, boquiaberta ao ver o céu coberto por pontos luminosos a brilhar cada qual com sua própria intensidade.
                 Sem poder se conter, correu e foi chamar seus pais para revelar-lhes sua grande descoberta.
                 O pai de Celestina, levantou-se um pouco assustado com aquela gritaria, e por pouco não perde as estribeiras...mas enfim, lá foi ele ver a grande novidade.
                 Celestina estava tão radiante com a descoberta que não havia como ficar zangado com ela.
                - Celestina, disse o pai, existem tantas estrelas que é impossível conta-las olhando daqui, a olho nu.
                - Nossa, pai...e como sabem que não dá pra contar? Alguém ja tentou?
                - Mais gente do que voce possa imaginar, existem pessoas, chamadas astrônomos, que passam a vida contando estrelas, estudando e descobrindo coisas novas.
                - Você já contou estrelas pai ??
                - Quando eu era quase da sua idade eu tentei contar, mas é impossível, sempre aparece uma estrela nova onde a gente não tinha visto ainda e aí a gente perde a conta.
                - E pra que servem as estrelas ?
                - AH...as estrelas servem para iluminar a noite e marcar o caminho para quem viaja nessas horas...
                - Como assim?
                - Celestina, olha só...tá vendo aquelas estelas ali...em forma de cruz...então...elas se chamam cruzeiro do sul, é uma constelação, e olhando para ela, para a estrela mais baixa, o pé da cruz , e seguindo-se a sua direção, sabe-se que estamos indo para o sul...os navegantes antigamente usavam as estrelas para se localizarem, assim como a posição do sol os ajudava a seguir no rumo certo.
                 - Nossa pai...mas o que é esse negócio de costelação?
                 - CONSTELAÇÃO, Celestina, constelação...é um grupo de estrelas que formam alguma imagem como as imaginamos...olha alí, está vendo aquelas três estrelas juntinhas?
são chamadas de tres marias...existem muitas outras constelações, a ursa maior, a ursa menor, sagitário, touro...etc
                   - E tem a contelação da borboleta?
                   - Ah, filha , se tem eu não conheço não...mas quem sabe, se você olhar o céu com atenção, acabe descobrindo um grupo de estrelas que forme a borboleta que você tanto quer?
                   - Eu vou procurar então pai...
                   - Tá bom , Celestina, mas deixa pra fazer isso amanhã, agora já é tarde e eu preciso dormir e você também, amanhã tem aula...
                    O Pai de Celestina a colocou na cama, aconchegou-a nas cobertas e no travesseiro e ficou ali ao seu lado por alguns minutos até que ela adormecesse.
                     Celestina dormiu e sonhou...sonhou com a estrelas ganhando vida pelo espaço afora, viu a ursa maior brincar com seus filhotes , viu as três marias brincando de roda, viu touros, caranguejos, centauros correndo pelo espaço...viu tantas coisas maravilhosas, criaturas feitas de pura luz, mas não viu a borboleta.
                     O dia chegou e Celestina foi para a escola, estudou, brincou,voltou para casa, sempre pensando nas estrelas, quando a noite chegou lá foi ela para a janela para ver as estrelas suas amigas..depois dormiu e sonhou...sonhou estrelas em forma de fadas...
                     E assim foram se passando os dias, até que, uma noite, chovia e Celestina não viu suas amigas estrelas pela janela. O pai explicou-lhe que embora ela não pudesse ve-las, as estrelas estavam lá, que elas não iam embora, apenas ficavam escondidas por tras das nuvens de chuva.
                      A menina deitou-se, e embalada pelo barulhinho gostoso da chuva acabou adormecendo.
                      Sonhou que voava pelo céu, atravessava as nuvens de chuva e encontrava suas amigas estrelas, brincava com as três marias, cavalgava na ursa menor, atravessava o zodiaco e mergulhava no mundo das estrelas.
                      Lá adiante ela viu um grupo de estrelas que não conhecia...elas estavam como que se reunindo, cochichando baixinho e se juntando aos pouquinhos...Celestina não aguentava de curiosidade e foi se aproximando...quando já estavá quase lá, as estrelas bateram asas e voaram pelo espaço...na forma de uma linda borboleta de luz.
                      Celestina não cabia em si de contente, havia visto nascer a constelação da borboleta que ela tanto queria.
                       Hoje celestina segue sonhando estrelas, sonhando outras formas, outros animais, e encontrando em seus sonhos novos amigos feitos de estrelas.
                       Mas, Celestina aprendeu que não é só nos sonhos que encontramos a beleza. Depois que começou a sonhar estrelas, Celestina aprendeu a olhar o mundo de forma  diferente, começou a prestar mais atenção no que se passa a sua volta, nos animais , nas flores, nas pessoas...e , assim, sonhando estrelas e vivendo com olhos de tudo ver, Celestina aprendeu a escrever suas histórias.
                         Ela tem um caderno onde anota as coisas que vê e sonha, escreve e descreve os seus sentimentos, é tipo um diário que ela chama de caderno de poesias.

 

O PÃOZINHO DA VOVÓ
Jorge Linhaça
 
                   Não há nada melhor que um pão quentinho feito num forno à lenha com muito amor e carinho.
                Lá na casa da vovó é assim!
                Ela acorda cedinho e vai logo fazendo a massa do pão.
                Pega uma tigela e um pacote de um kg de farinha e põe sobre a mesa.
                Separado ela coloca 50g de fermento de padaria em dois copos e meio de água morna e joga no liquidificador...ai vai juntando um ovo ( sem casca, né ?), um copo de óleo, uma colher de sal  e duas colheres ( de sopa ) de açúcar...ai bate tudo por uns minutos.
                 Depois coloca tudinho na tigela e vai acrescento a farinha e mexendo até a massa soltar da mão...amassa de cá...sova de lá  e a massa vai ficando lisinha...depois ela deixa descansar na tigela  por uma hora e a massa vai crescendo...crescendo...até dobrar de tamanho...
                 Aí ela pega a massa e separa para fazer vários pães...enquanto isso o forno vai aquecendo...
                 E ela deixa os pães descansarem por mais 40 min...e eles crescem de novo...hummm  já estou com água na boca.
                  Depois que eles cresceram ela coloca no forno quentinho por mais um tempinho...
                   Eles vão ficando douradinhos, lindos de se ver...quando saem de lá quentinhos o café quentinho já está na mesa junto com o pote de manteiga e o de requeijão. O cheirinho do pão se espalha pela casa da vovó e todos vão chegando com cara de fome, esfregando a barriga de vontade de pão quentinho.
                    A vovó então corta fatias generosas do pão e coloca nos nossos pratinhos...aí é só passar a manteiga que vai derretendo e sumindo na massa do pão...
                    Ai que vontadeeeeeeee!!!
                    Mas o melhor ingrediente do pão da vovó não é nenhum desses que escrevi. O Pão da vovó tem um segredo desses que só as avós sabem colocar na comida.
                    Fiquei vários dias espiando a vovó fazer seus pães deliciosos, todo dia tudo igual...e eu cada dia mais curioso tentando descobrir o tal ingrediente mágico.
                     Cheguei a pensar que alguma fada ia aparecer e jogar algum pozinho na massa do pão, ou algum duende viria se esgueirando entre as coisas da prateleira e dizer alguma palavra mágica irlandesa...que nada!
                      Como meu trabalho de detetive não dava resultado eu me contentava em comer as minhas fatias de pão quentinho...mas eu não desistia...no outro dia lá estava eu de novo espiando bem espiado o que a vovó fazia de diferente para o pão ficar tão gostoso. Ah...achei que a lenha é que era mágica....quando vovó não estava olhando eu ia lá e olhava pedaço por pedaço de madeira...até uma lupa eu usei para ver melhor, mas era madeira comum, dessas que usam nas pizzarias e padarias.
                      Confesso que já não sabia mais onde procurar...provei a farinha, segui os ovos do galinheiro até irem para o pão...até examinei as falinhas para ver se alguma delas era mágica como a falinha dos ovos de ouro...nada! 
                      E novamente lá estava eu, comendo minhas fatias de pão quentinho e delicioso.
                       Um dia não me agüentei mais e pedi para a vovó me deixar ajudar a fazer o pão. Ela achou meio estranho e deu um sorrisinho desses de vó que sabe das coisas, mas me deixou ajudar.
                       No dia seguinte, bem cedinho ( nem consegui dormir direito ) lá estava eu prontinho para ajudar a  fazer o pão. Agora sim eu ia descobrir o segredo da vovó.
                       A vovó me deixou ir colocando as coisas no liquidificador e eu antes de colocar ia olhando direitinho pra ver se não tinha nada diferente....depois ela misturou  com a farinha  na tigela e me deixou amassar uma parte da massa separado.
                       Meu primeiro pão! Que maravilha...como é gostoso mexer com a massa de pão...eu ia olhando a vovó e fazendo igualzinho a ela.
                       Deixamos a massa crescer por um tempão...a minha ficou numa tigela separada...enquanto isso eu a vovó fomos fazer outras coisas...ajudei a preparar o café,
fui separando a louça...e ela foi me contando histórias engraçadas.
                       Quando a massa já tinha crescido fomos dar forma aos nosso pães...o meu eu fiz em forma de coração...a vovó achou lindo!
                        Enquanto os pães descansavam mais uma vez , antes de ir para o forno,
nós fomos pondo a mesa, estendemos a linda tolha de mesa branca da vovó, colocamos a louça e os talheres nos lugares corretos, e vovó foi me ensinando com paciência.
                       Finalmente era hora de colocar o pão no forno...eu já não agüentava mais de ansiedade de saber como ia ficar o meu pão em forma de coração.
                       Os pães assaram e o cheirinho, como sempre, trouxe a família para ocupar seus lugares à mesa.
                       Como sempre os pães estavam deliciosos, principalmente o meu pão em forma de coração...todo mundo queria um pedaço, mas eu não dei não...só deixei a vovó comer um pedaço do meu pão de coração.
                       Depois que todo mundo comeu e saiu da cozinha fui ajudar a vovó  a lavar a louça e contei a ela que estava havia dias tentando descobri o segredo para o pão dela ser tão delicioso.
                       Vovó deu muita risada das minhas aventuras procurando fadas, duendes e galinhas mágicas...depois olhou pra mim como só as avós sabem olhar, pegou-me no colo e falou assim:
                      - Meu netinho querido, o segredo de meu pão ficar tão gostoso como você diz está num ingrediente que não se pode ver com olhos, e que eu adiciono em cada fase do preparo do pão.
                      - Que ingrediente é esse vovó?- Perguntei ansioso-
                      - O mesmo ingrediente que você colocou no seu pão em forma de coração, aliás a forma do teu pão já dizia tudo. O ingrediente não tão secreto que coloco todo dia nos pães que faço é o amor. Tudo que é feito com amor fica mais saboroso, mais bonito e mais alegre.
                         Naquele dia aprendi com a vovó uma lição maior do que a de fazer pão caseiro, aprendi que o amor é a melhor coisa do mundo...
 
                
                                             
Arandú, 30 dez 2008

 

O Ratinho do Natal
Jorge Linhaça
 
Junto à  árvore de natal o ratinho dorme calmamente.
Meio escondido entre as caixas coloridas de presentes.
Com a certeza do dever  completamente cumprido.
Não é um rato comum este nosso pequeno amiguinho; é o ratinho do Papai Noel.
Como? Você nunca ouviu falar ?  Nossa !Que coisa...
Então vou explicar:
 
Lá na oficina de  Papai Noel, existe  muito trabalho a ser feito....
enquanto os elfos  fabricam os brinquedos  pedidos pelas crianças,
os amigos animais também fazem a sua parte para  que o Natal não atrase. Os pássaros  carregam os laços de fita e os cordões coloridos  para deixar os presentes  ainda mais bonitos; as renas carregam os presentes já prontos para o depósito, ajudadas pelos cachorrinhos. Os ratinhos são encarregados de fazer os embrulhos, amarrando os laços e  cordões coloridos.
É bonito de ver a agilidade com que os ratinhos fazem o seu trabalho, subindo e descendo pelos presentes.
O nosso amiguinho , depois de tanto trabalho na véspera de natal, acabou adormecendo  entre os presentes e foi colocado no saco  do Noel sem que ninguém percebesse.
Papai Noel , no meio da correria de entregar os presentes e sempre  espiando de lado , para não ser visto pelas crianças, também não percebeu que  em meio aos presentes deixados  sob a árvore de natal  havia deixado também o ratinho natalino. 
Você  pode estar perguntando: e como você sabe que esse é um dos ratinhos  do Papai Noel e não um ratinho qualquer ?
Oras, amiguinho, isso é muito fácil, basta olhar a cabeça de nosso amigo e ver que ele usa um gorrinho como todos os animais  que trabalham na oficina do Noel.
Já está amanhecendo e o ratinho ainda dorme, sem nem saber o que aconteceu; logo as crianças vão descer as escadas correndo  para desembrulhar os seus presentes  e vão dar de cara com nosso amiguinho  ali adormecido....Que grande susto ele vai levar!
 
Mas que  barulho  de sininhos é este que estou ouvindo ao longe?
Hummm ...o ratinho está acordando bem devagarzinho...está se espreguiçando...olhando em volta...nossa ...que cara engraçada ele fez...
 
O  som dos sinos está cada vez mais perto...o ratinho  está subindo e descendo nas caixas de presentes, olhando para todos os lados, sem entender onde ele veio parar...
 
Agora o  som dos sinos está bem próximo...o ratinho ainda  parece perdido...está subindo pela árvore de natal...está alcançando a estrela...agora está lá encima olhando pela janela ...
 Uma pequena névoa colorida  começa a entrar por baixo da porta,
ela brilha como se fosse pó de estrelas...o ratinho agora  dá um pequeno sorriso...aquela névoa mágica o envolve  e o leva  pela chaminé acima.
 
O som dos sinos volta a ser ouvido  e vai se afastando  aos poucos , mas agora  ouve-se também uma conhecida risada...
OH ...OH...OH...OH
Noel acaba de vir buscar seu amiguinho e partiram felizes para a sua casa lá no  Pólo Norte.
 
Feliz Natal!