Nídia Vargas Potsch
Após uma chuva torrencial, elas correram até o arco-íris,
passaram dentro dele e se transformaram em gotinhas coloridas.
A primeira passou pelo azul, a segunda, escolheu o vermelho para passar
e a terceira, atravessou o amarelo.
Assim, as três gotinhas que eram transparentes,
ficaram coloridas de azul, vermelho e amarelo.
E para comemorar suas belas e bem vivas cores, começaram a trabalhar.
A Gôta azul caiu em mares, rios e lagos
onde começou a nadar em suas águas
que imediatamente se transformaram em lindos tons de azul.
A gôta amarela partiu para o sol e com sua cor intensa,
reavivou seus raios mais poderosos.
A gôta vermelha correu para as plantações colorindo de vermelho,
flores, frutos e folhagens.
Terminada a tarefa, resolveram brincar de roda.
E de tanto rodar ... rodar... rodar,
acabaram por se misturar ...
Surgiram dessa mistura mais três gotinhas coloridas
que se puseram a cantar: a verde, a laranja e a roxa.
Mas as três primeiras as mandaram parar.
Ainda faltava muita coisa disseram: Vão trabalhar!
A gotinha verde, tornou vicejante o verde das florestas.
A gotinha laranja subiu em árvores colorindo os pássaros em seus ninhos,
as frutas pendentes das árvores e as borboletas que passavam por seu caminho.
A gotinha roxa, imitando um alpinista,
coloriu orquídeas e violetas africanas que estavam presas nas pedras.
Com o trabalho quase terminado, as três gotinhas começaram a dançar ...
As três primeiras que estavam perto,
resolveram acompanhar e lá se puseram as seis a bailar ... bailar ... bailar ...
Dessa mistura intrigante formaram nova gama de cores ainda mais variada:
o abóbora, o vinho, o amarelo limão, o amarelo ouro, o anil e o azul turquesa.
E todas elas juntas foram pintando tudo aquilo que faltava.
Casas, edifícios, praças, ruas, objetos pequenos e grandes,
animais de todos os feitios foram se colorindo ...
Até as roupas dos homens ganharam suas belas nuances.
Mas cansadas de tanto trabalhar,
para gotinhas tão pequeninas,
cairam exaustas na poça d`água e desistiram de brincar ...
No dia seguinte, acordaram transparentes,
mas o mundo de seus sonhos,
afinal, tinha ficado diferente!
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Trabalhos escolares:
1) Ilustrar a historia, como desejar, usando os diversos tipos de cores.
percebidos no conto.
2) Fazer uma comparação ilustrando a mesma paisagem
com cores primárias e secundárias,
numa mesma folha de papel dividida ao meio.
3) Fazer uma maquete de cidade com caixinhas de remédios,
onde vc. possa observar todos os tipos de cores descritos na estória.
4) Fazer apenas misturas do guache em folhas de papel canson,
usando apenas as cores primárias ... o que se obtém?
5) E se misturarmos as secundárias?
6) Preparar uma paleta de pintor com as cores,
primárias, secundárias e terciárias ...
* * *
A MÁGICA DA ARANHA!
Nidia Vargas Potsch
( Adaptação de conto Árabe)
Um homem muito mau, morreu.
Foi condenado ao Inferno.
Todos os dias ele suplicava por clemência até que certo dia,
São Pedro passando por lá,
ouviu seus gritos de lamentação e resolveu escutá-lo.
- Por que você está se lamentando tanto, perguntou-lhe?
-Eu não quero ficar aqui. Isto aqui é horrível!
Você praticou alguma boa ação em sua vida?
O que você fez de bom para a humanidade?
-Ele titubeou e disse: -Nada!
São Pedro, pesaroso, e muito bonzinho como ele só, falou:
-Pense bem, pense um pouco mais!
Você nunca fez alguma coisa,
uma só coisa que considere uma boa ação?
Nem que seja bem pequenina?
Então o homem mau lembrou-se
de que um dia ele ia matar uma aranha
que lhe caiu
e espantou-a com a mão dando-lhe um leve peteleco.
São Pedro, imediatamente, muito feliz, disse-lhe:
Pois é esta aranha que irá lhe salvar.
Surgiu então uma grande aranha negra
que teceu uma teia com fios prateados.
E com o seu fio mais longo, teceu uma corda bem grossa.
São Pedro, então, disse-lhe: - pode subir.
A porta do céu está aberta para você.
O homem subiu, a princípio,
com muito medo da corda arrebentar.
Mas quando percebeu que o fio tecido pela aranha
era forte o bastante para lhe sustentar o peso,
tomou coragem para ir
Mas no meio da escalada, de repente,
ele olhou para baixo e percebeu
que outras pessoas estavam subindo atrás dele.
Muito indignado e com raiva absurda,
ele esbravejou egoisticamente
e xingou pra valer gritando para que a galera lá de baixo
largasse a ponta da corda
porque o privilégio era somente dele.
Afinal fora ele quem tinha tido aquela idéia.
Sacudiu então a corda até não poder mais,
para ver se a largavam.
Foi então que a aranha sumiu,
a corda se arrebentou
e o homem caiu no inferno
voltando a ficar em companhia dos outros indivíduos.
MORAL DA HISTÓRIA:
Preocupe-se com suas ações e não com as dos outros.
O importante é agir corretamente e não prejudicar ninguém!
* * *
EXERCÍCIOS:
1) Contar através de desenho e ou pintura, a trajetória do Homem Mau.
2) Criar um grande painel coletivo, bem colorido, ilustrando o conto.
3) Coloque-se no lugar do Homem mau,
como vc ilustraria sua nova estória?
( Compare o primeiro desenho com o segundo ...)
4) Faça um desenho com o trabalho da aranha, mas utilize as cores neutras
que você aprendeu.
No Reino de Kali, existia um rei muito rico e poderoso que desejava
casar sua jovem filha Ana, uma delicada e linda princesa.
Kaliamon o rei, queria como genro, um príncipe inteligente, generoso
e muito justo para poder cuidar e administrar os problemas do reino,
dos súditos e da fortuna que a princesa um dia iria herdar.
Apareceram três pretendentes à mão da princesinha. Todos jovens,
galantes e corajosos.
O rei tinha que decidir qual deles era o melhor. Propôs então
um problema: aquele que melhor o solucionasse seria o príncipe escolhido.
A proposta foi imediatamente aceita.
No dia marcado para a disputa, com a cidade toda embandeirada e florida,
os três príncipes chegaram cedinho ao Castelo Real.
Kaliamon pediu a seu ajudante de ordens que lesse para eles e os demais
súditos que desejavam assistir a competição, as regras e qual seria a
prova a ser cumprida pelos três príncipes.
“ Na torre mais alta do castelo existe um quarto bem alto, com apenas uma pequena portinhola e um binóculo de igual tamanho.( janela redonda bem pequena)
Em nome do rei, vou distribuir 3 moedas de ouro a cada competidor e ordenar que encham o quarto com o que preferirem, gastando somente para isso as únicas moedas disponíveis e recebidas. Aquele que conseguir o feito, será o vencedor e se casará com a princesa Ana ainda hoje ao anoitecer.”
Kaliostro, o primeiro príncipe a se apresentar, partiu a galope para seu reino. Eles eram exímios fiadores de seda. Gastou as três moedas e comprou toda a seda do reino. A quantidade não foi suficiente para encher o quarto, pois, só cobriu uns dois metros de altura de um total de quatro metros.
Kaliamin, o segundo príncipe inscrito no torneio, correu aos jardins do castelo.
Com a ajuda de três jardineiros colheu todas as flores ali plantadas. Mas também não conseguiu o que pretendia. Encher o quarto! Era dia de festa e a cidade estava toda ela enfeitada com bandeirinhas, bandeirolas e muitas guirlandas de flores. Assim,. Não havia flores em número suficiente para encher o quarto da torre.Mesmo assim, generoso, Kaliamin deu aos três jardineiros uma moeda de ouro para cada um deles em agradecimento pela ajuda recebida.
Kallamy, o terceiro príncipe da lista, apanhou no corredor do castelo uma velha lamparina de parede. Com ela na mão se dirigiu ao quarto que permanecia vazio e escuro. Imediatamente o quarto da torre se encheu de luz e refletiu sua luminosidade pelo binóculo para os convidados do rei que estavam aguardando no pátio.
Kallamy foi ovacionado pelo povo que compreendeu que sua ação fora a mais simples e eficaz, porque além dele cumprir as ordens reais sem muito esforço, soube poupar as três moedas de ouro.
Assim, ele saiu vencedor!
Casou-se com a princesa Ana e foram felizes para sempre ...
MORAL DA ESTÓRIA: Onde há Luz, há Vida!
E onde há Vida, consequentemente existem Luz e Cores!
* * *