Sou uma pessoa singela. Gosto das coisas simples, sem complicações. Amo a natureza, os animais, minha família, e adoro viver rodeada pelos amigos reais e virtuais.   Amo a Vida, que plenamente vivida com amor, é o máximo!  Respeito ao próximo, carinho com os mais velhos e crianças, também é meta a se perseguir constantemente. Não esqueço do lado espiritual, que deve ser cuidado, seja lá qual for o credo que se pratique ou não. Porque o espírito precisa de renovação, deve ser “arejado” com meditação e leitura. Detesto: hipocrisia, fingimento, injustiça e ostentação. Sou muito crítica comigo mesma, sou do signo de Virgem. Meu nome é Nídia Vargas Potsch, apelido @Mensageir@. Sou pedagoga, pós graduada, com curso de Bacharel em Direito por influência do meu irmão mais novo que muito insistiu para que eu fizesse o curso. Atualmente, leciono no Colégio Pedro II , Unidade de São Cristóvão, no ensino fundamental. É uma escola Federal. Leciono Artes Visuais e História da Arte para adolescentes entre 10 e 14 anos. Gosto muito do que faço pela oportunidade de lidar com os jovens. É um contato prazeroso. E não se iludam, sempre aprendemos coisas novas ... Mesmo que não as coloquemos em prática ...rs .
Comecei a escrever aos 15 anos de idade quando ganhei do meu tio um livro tipo diário com “chavinha”. De lá para cá, continuei ... E há coisa de uns quatro anos enveredei pelo mundo virtual, por acaso, e influência da minha amiga, Mára Lúcia. Comecei brincando nas salas de bate-papos e por fim, resolvi enviar lindos e-mails para um certo alguém muito especial e comecei a versejar sem maiores pretensões... Achei a experiência gratificante ... e não consegui parar mais ...
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Para  o estudo das cores: primárias, secundárias e terciárias .
 

 

      O SONHO DAS GOTINHAS BRINCALHONAS.

           Nídia Vargas Potsch

 

 

Era uma vez, três gotinhas de água transparentes. 

Cansadas de não ter cor e ver o mundo muito tristonho,

resolveram colorir tudo, inclusive elas próprias. 

Após uma chuva torrencial, elas correram até o arco-íris,

 passaram dentro dele e se transformaram em gotinhas coloridas.

 A primeira passou pelo azul, a segunda, escolheu o vermelho para passar

e a terceira, atravessou o amarelo.

Assim, as três gotinhas que eram transparentes,

 ficaram coloridas de azul, vermelho e amarelo.

E para comemorar suas belas e bem vivas cores, começaram a trabalhar.

A Gôta azul caiu em mares, rios e lagos

 onde começou a nadar em suas águas

que imediatamente se transformaram em lindos tons de azul.

A gôta amarela partiu para o sol e com sua cor intensa,

 reavivou seus raios mais poderosos.

A gôta vermelha correu para as plantações colorindo de vermelho,

 flores, frutos e folhagens.

Terminada a tarefa, resolveram brincar de roda.

E de tanto rodar ... rodar... rodar,

acabaram por se misturar ...

Surgiram dessa mistura mais três gotinhas coloridas

que se puseram a cantar: a verde, a laranja e a roxa.

 Mas as três primeiras as mandaram parar.

 Ainda faltava muita coisa disseram: Vão trabalhar!

A gotinha verde, tornou vicejante o verde das florestas.

A gotinha laranja subiu em árvores colorindo os pássaros em seus ninhos,

 as frutas pendentes das árvores e as borboletas que passavam por seu caminho.

A gotinha roxa, imitando um alpinista,

 coloriu orquídeas e violetas africanas que estavam presas nas pedras.

Com o trabalho quase terminado, as três gotinhas começaram a dançar ...

As três primeiras que estavam perto,

 resolveram acompanhar e lá se puseram as seis a bailar ... bailar ... bailar ...

Dessa mistura intrigante formaram nova gama de cores ainda mais variada:

o abóbora, o vinho, o amarelo limão, o amarelo ouro, o anil  e o azul turquesa.

E todas elas juntas foram pintando tudo aquilo que faltava.

 Casas, edifícios, praças, ruas, objetos pequenos e grandes,

 animais de todos os feitios foram se colorindo ...

Até as roupas dos homens ganharam suas belas nuances.

Mas cansadas de tanto trabalhar,

 para gotinhas tão pequeninas,

 cairam exaustas na poça d`água e desistiram de brincar ...

No dia seguinte, acordaram transparentes,

 mas o mundo de seus sonhos,

 afinal, tinha ficado diferente!

 

******  

 

Trabalhos escolares:

 

1) Ilustrar a historia, como desejar, usando os diversos tipos de cores.

percebidos no conto.

2) Fazer uma comparação ilustrando a mesma paisagem

com cores primárias e secundárias,

numa mesma folha de papel dividida ao meio.

3) Fazer uma maquete de cidade com caixinhas de remédios,

onde vc. possa observar todos os tipos de cores descritos na estória.

4) Fazer apenas misturas do guache em folhas de papel canson,

usando apenas as cores primárias ... o que se obtém?

5) E se misturarmos as secundárias?

6) Preparar uma paleta de pintor com as cores,

primárias, secundárias e terciárias ...

 

* * *

 
UM JOGO DE FUTEBOL! 
 Nídia Vargas Potsch
 
 
Domingo, dia 11, foi dia de
jogo de futebol no Bananal, Tocantins, Brasil.
As tribos estavam alegres porque tinham treinado
toda semana, prontas para fazer bonito.
Na segunda feira seguinte, dia 12,
saiu a seguinte manchete no Jornal da Cidade:
" JUIZ COLABOROU COM OS TUCUNAS"!
E seguia um texto explicativo sobre o jogo
entre TUCUNAS & CARAJÁS, que fazia
parte do campeonato indígena de futebol.
Explicação:
" Os Carajás terminaram o jogo com brigas e pontapés,
porque segundo eles, o juiz , "amarelou",
e não deu dois pênaltis que deveria dar.
Mas, os Tucunas, jogadores mais experientes
apaziguaram os ânimos e mostraram que
o erro não era deles e sim da arbitragem,
porque, até o bandeirinha tinha falhado na marcação"
Os Carajás não tiveram outra escolha senão recorrer à Federação.
E o Cacique Guaxupé, assistindo ao vídeo-tape do jogo,
 pode retificar as injustiças cometidas naquele dia.
Marcou-se um outro jogo para a semana seguinte,
 pois, Guaxupé, muito bravo, anulou a partida de Domingo
e o principal, ele mesmo nomeou um novo juiz e bandeirinhas.
Moral da História:
A neutralidade do Juiz é fundamental!
Sempre necessária onde houver competição.
Perguntamos então: Por quê o juiz deverá ser sempre IMPARCIAL?
Para dar igual oportunidade a ambos os lados
 numa competição, evitando, assim, brigas e trapaças diversas ...
Por isso o juiz deve permanecer NEUTRO!
 
 ADENDO:
E por falar em Neutro,
vamos recordar as cores neutras que são:
branco, preto e cinza.
 O que tem elas de especial?
Se são NEUTRAS,
combinam com todas as outras cores que existem ...
Não é formidável?
Assim podemos combinar bem melhor
 nossas roupas a partir de agora.
E as camisas dos jogos de futebol também.
 E tudo que merece MUITO COLORIDO!
 
 
 
EXERCÍCIOS:
1) Criar camisetas de futebol com uma cor neutra
 escolhida pelo professor e duas cores a sua escolha.
2) Fazer uma planta baixa do seu quarto
 mostrando as cores neutras que lá existem ....
3) Fazer um desenho abstrato empregando cores neutras.
4) Fazer um desenho comparativo: dividir uma folha ao meio e desenhar
de ambos os lados a mesma paisagem, porém colorindo uma das partes
usando cores neutras e a outra parte as cores que mais desejar.
 
* * * * * *
 

A MÁGICA DA ARANHA!

Nidia Vargas Potsch

    ( Adaptação de conto Árabe)

 

 

 

 

Um homem muito mau, morreu.

Foi condenado ao Inferno.

Todos os dias ele suplicava por clemência até que certo dia,

 São Pedro passando por lá,

 ouviu  seus gritos de lamentação e resolveu escutá-lo.

- Por que você está se lamentando tanto, perguntou-lhe?

-Eu não quero ficar aqui. Isto aqui é horrível!

Você praticou alguma boa ação em sua vida?

O que você fez de bom para a humanidade?

-Ele titubeou e disse: -Nada!

São Pedro, pesaroso, e muito bonzinho como ele só, falou:

-Pense bem, pense um pouco mais!

Você nunca fez alguma coisa,

 uma só coisa que considere uma boa ação?

Nem que seja bem pequenina?

Então o homem mau lembrou-se

de que um dia ele ia matar uma aranha

que lhe caiu em cima. 

 Ele não o fez com pena do bichinho tão pequeno

e espantou-a com a mão dando-lhe um leve peteleco.

São Pedro, imediatamente, muito feliz, disse-lhe:

Pois é esta aranha que irá lhe salvar.

Surgiu então uma grande aranha negra

 que teceu uma teia com fios prateados.

E com o seu fio mais longo, teceu uma corda bem grossa.

São Pedro, então, disse-lhe: - pode subir. 

A porta do céu está aberta para você.

O homem subiu, a princípio,

 com muito medo da corda arrebentar.

Mas quando percebeu que o fio tecido pela aranha

 era forte o bastante para lhe sustentar o peso,

 tomou coragem para ir em frente. Afinal, o Céu era seu premio.

Mas no meio da escalada, de repente,

 ele olhou para baixo e percebeu

que outras pessoas estavam subindo atrás dele.

 Muito indignado e com raiva absurda,

 ele esbravejou egoisticamente

e xingou pra valer gritando para que a galera lá de baixo

largasse a ponta da corda

porque o privilégio era somente dele.

 Afinal fora ele quem tinha tido aquela idéia.

Sacudiu então a corda até não poder mais,

para ver se a largavam.

Foi então que a aranha sumiu,

a corda se arrebentou

 e o homem caiu no inferno

voltando a ficar em companhia dos outros indivíduos.

 

MORAL DA HISTÓRIA:

Preocupe-se com suas ações e não com as dos outros.

 O importante é agir corretamente e não prejudicar ninguém!

 

 

          * * *   

 

          

EXERCÍCIOS:

 

      1) Contar através de desenho e ou pintura, a trajetória do Homem Mau.

 2) Criar um grande painel coletivo, bem colorido, ilustrando o conto.

           3) Coloque-se no lugar do Homem mau,

                             como vc ilustraria sua nova estória?

    ( Compare o primeiro desenho com o segundo ...)

4) Faça um desenho com o trabalho da aranha, mas utilize as cores neutras

que você aprendeu.

          

 

* * *
 
 
O CASAMENTO DA PRINCESA ANA.
Nídia Vargas Potsch
 (baseado em conto árabe) 
 
 
              

No Reino de Kali, existia um rei muito rico e poderoso que desejava

casar sua jovem filha Ana, uma delicada e linda princesa.

Kaliamon o rei, queria como genro, um príncipe inteligente, generoso

e muito justo para poder cuidar e administrar os problemas do reino,

dos súditos e da fortuna que a princesa um dia iria herdar.

Apareceram três pretendentes à mão da princesinha. Todos jovens,

galantes e corajosos.

O rei tinha que decidir qual deles era o melhor. Propôs então

um problema: aquele que melhor o solucionasse seria o príncipe escolhido.

A proposta foi imediatamente aceita.

No dia marcado para a disputa, com a cidade toda embandeirada e florida,

os três príncipes chegaram cedinho ao Castelo Real.

Kaliamon pediu a seu ajudante de ordens que lesse para eles e os demais

súditos que desejavam assistir a competição, as regras e qual seria a

prova a ser cumprida pelos três príncipes.

 

“ Na torre mais alta do castelo existe um quarto bem alto, com apenas uma pequena portinhola e um binóculo de igual tamanho.( janela redonda bem pequena)

Em nome do rei, vou distribuir 3 moedas de ouro a cada competidor e ordenar que encham o quarto com o que preferirem, gastando somente para isso as únicas moedas disponíveis e recebidas. Aquele que conseguir o feito, será o vencedor e se casará com a princesa Ana ainda hoje ao anoitecer.”

 

Kaliostro, o primeiro príncipe a se apresentar, partiu a galope para seu reino. Eles eram exímios fiadores de seda. Gastou as três moedas e comprou toda a seda do reino. A quantidade não foi suficiente para encher o quarto, pois, só cobriu uns dois metros de altura de um total de quatro metros.

 

Kaliamin, o segundo príncipe inscrito no torneio, correu aos jardins do castelo.

Com a ajuda de três jardineiros colheu todas as flores ali plantadas. Mas também não conseguiu o que pretendia. Encher o quarto! Era dia de festa e a cidade estava toda ela enfeitada com bandeirinhas, bandeirolas e muitas guirlandas de flores. Assim,. Não havia flores em número suficiente para encher o quarto da torre.Mesmo assim, generoso, Kaliamin deu aos três jardineiros uma moeda de ouro para cada um deles em agradecimento pela ajuda recebida.

 

Kallamy, o terceiro príncipe da lista, apanhou no corredor do castelo uma velha lamparina de parede. Com ela na mão se dirigiu ao quarto que permanecia vazio e escuro. Imediatamente o quarto da torre se encheu de luz e refletiu sua luminosidade pelo binóculo para os convidados do rei que estavam aguardando no pátio.

Kallamy foi ovacionado pelo povo que compreendeu que sua ação fora a mais simples e eficaz, porque além dele cumprir as ordens reais sem muito esforço, soube poupar as três moedas de ouro.

Assim, ele saiu vencedor!

Casou-se com a princesa Ana e foram felizes para sempre ...

 

MORAL DA ESTÓRIA: Onde há Luz, há Vida!

                E onde há Vida, consequentemente existem Luz e Cores!

 

 

   * * *

 
Trabalhos em sala de aula:
 
1)Ilustar a estória em forma de quadrinhos com apenas uma tira ...
2)Fazer uma pintura em tela sobre a parte da estória que mais gostou.
3)Experiência: Colar figuras de revistas coloridas na parte de
dentro de um grande saco pardo de papel.
 Colocá-lo na cabeça, segurá-lo a volta do pescoço sem deixar entar luz alguma
e tentar ver as figuras ...
A seguir, fazer pequenos furos para deixar passar a luz ... e
tentar olhar novamente ...
E dizer o que observou ...
Onde há LUZ podemos ver as Cores!!!